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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

2016: A maior preocupação é com a Região Central do Estado

Segundo a Cogerh, região da Bacia do Banabuiú demanda maior atenção. Na foto, o açude em julho.
Oito dos 19 açudes da Bacia do Banabuiú operam atualmente em volume morto. Ao todo, são 32 mananciais do Ceará nesta situação.

As previsões pessimistas quanto ao volume de chuva no Ceará para 2016 por si só já preocupam. Principalmente dada a situação crítica de alguns açudes do Estado. A mesorregião dos Sertões Cearenses, que abrange a Bacia do Banabuiú, é uma das áreas que demandam maior alerta para a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) para o próximo ano.

De acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, oito dos 19 açudes da Bacia do Banabuiú (Capitão Mor, Cipoada, Fogareiro, Mons. Tabosa, Poço do Barro, São José II, Serafim Dias e Trapiá II) operam no chamado volume morto, quando o nível de água do açude está abaixo do necessário para que haja inserção nos rios. Ao todo, a Bacia do Banabuiú opera com apenas 3,24% da capacidade.
É nessa bacia que fica o açude Banabuiú, terceiro maior do Estado (atrás apenas do Castanhão e do Orós), e que opera com apenas 0,54% da capacidade.

“Visualmente no mapa do Estado, dá pra perceber Sertão Central, região de Crateús e médio Jaguaribe como as mais críticas. Cariri, Região Norte e Litoral não tiveram impacto muito forte na questão da seca. Temos uma das situações mais críticas que o Estado já vivenciou”, avalia Gianni Lima, assessor da presidência da Cogerh.

Maior açude do Ceará, o Castanhão opera com 11,6% da capacidade e não está na lista dos que estão em volume morto no Estado. No entanto, a situação inspira cuidados.
Levando em conta os prognósticos de poucas chuvas próximo ano, Gianni Lima estima que o Castanhão pode suprir a demanda de Fortaleza e Região Metropolitana até o segundo semestre do próximo ano.

Não está descartada a possibilidade do auxílio das águas do Orós para o Castanhão, para que a Região Metropolitana de Fortaleza não sofra com o desabastecimento. “Existe um grupo de estudo trabalhando com essa questão para saber qual o limite do Castanhão e também como seria com o Orós. É um trabalho muito complexo porque envolve remoção de obstáculos físicos no transcorrer das águas”, complementa Gianni.

Conta de água - A partir de amanhã, entra em vigor em Fortaleza a revisão tarifária extraordinária implementada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). As mudanças funcionam de maneira não-linear, ou seja, variam de acordo com a faixa de consumo de cada cliente. A média ponderada da mudança será de 12,9%.

Além disso, entra em vigência também amanhã a tarifa de contingência, cujo intuito é reduzir o consumo de água. Para a Região Metropolitana de Fortaleza, as medidas são válidas a partir de domingo, 20. Pela tarifa de contingência, fica estipulado que os consumidores não devem ultrapassar a meta de 90% do consumo anual, levando em conta o período de outubro de 2014 e setembro de 2015. Caso este valor seja atingido, será cobrado um sobrepreço de 120% do excedente.

Açudes em volume morto - Angicos, Barragem do Batalhão, Canafístula, Capitão Mor, Carão, Castro, Catucinzenta, Cipoada, Fogareiro, Forquilha, Gerardo Atimbone, Jatobá II, Martinópole, Mons. Tabosa, Monte Belo, Patos, Penedo, Pentecoste, Poço do Barro, Pompeu Sobrinho, Realejo, Riacho da Serra, Riacho do Sangue, Santo Antônio, Santo Antônio de Aracatiaçu, Santo Antônio de Russas, São José II, Serafim Dias, Sítios Novos, Tejuçuoca, Trapiá II e Várzea da Volta.
11,6% é o volume atual do açude Castanhão
OPovoOnLine.

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