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domingo, 15 de setembro de 2013

TECNOLOGIA Internet é uma forma de amenizar transtornos

Enquanto a agência do Banco do Brasil de Banabuiú, única na cidade, não é reaberta, transferências e pagamentos via internet estão sendo soluções para amenizar as perdas do comércio. Conheça alternativas para realizar transações sem uma agência bancária. Foto: Edimar Soares.
Banabuiú tem cerca de 17 mil habitantes e está a 225 km de Fortaleza. Sofre com o deslocamento de parte da movimentação financeira bancária e comercial para Quixadá, 47 km dali - uma hora de viagem. Para amenizar as perdas, a microempresária Celene Nobre, do Leal Borges Mercantil, sugere aos clientes realizarem depósitos, via internet ou caixa eletrônico, para a conta dela ou do marido. Tem dado certo.
“Fazem a transferência e vêm pegar aqui a mercadoria. Se for mais dinheiro do que o valor das compras, dou o troco. Se for menos, a pessoa deposita depois. São clientes que me compram mensalmente”, conta Celene, que diz não abandonar mais essa forma de fazer negócio. “É mais rápido é tempo é tudo pra gente”.
Mas há resistências de alguns clientes. A maioria que movimenta via internet é professor ou são mais jovens. “Os aposentados não sabem transferir. Os que não conseguem, trazem o cartão e eu recebo no débito. Se não fosse a transferência e o débito, não sei como seria”.
“Nós tivermos perdas de 20% por mês. A queixa é geral do comércio. Às vezes, ligam dizendo que o mês foi ruim, mas como vendemos também cama, mesa e banho, podemos segurar melhor”. Ela também argumenta com os clientes que ir à Quixadá traz vários transtornos, como mais custos com transporte e alimentação, além dos riscos de assalto a acidente na estrada. “A gente está sofrendo”, lamenta.
Mesmo com a opção de fazer pagamentos e transferências pela internet, a microempresária diz que também precisa ir a Quixadá. “A gente programa os pagamentos da semana, mas precisa ir depositar o dinheiro que entra”.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL), Honório Pinheiro, ressalta a importância do uso da internet para amenizar as perdas do comércio nas cidades que estão sem bancos, com a ressalva de que ainda é uma prática que não se viabiliza em todos os municípios.
“Temos nos reunido com os lojistas e temos dado conhecimento às autoridades da situação. É uma migração do crime (explosão a bancos) que não é só no Ceará. O Brasil inteiro vive esta mazela. Estamos buscando soluções. Encaminhamos algumas demandas aos bancos, principalmente, ao Banco do Brasil, que tem mais presença, para que possam priorizar as comunidades mais desprovidos dos serviços de internet”, afirma Honório.
Na ausência de uma agência bancária ou mesmo de caixa eletrônico, a orientação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é de que os clientes, pessoa física ou jurídica, busquem os serviços via internet, telefone ou mesmo por meio de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais autorizados pelos próprios bancos.
Internet em alta - A internet é um dos canais de atendimento bancário que mais cresce. Em 2012, mais de 14 bilhões de transações foram feitas pela internet em 2012. É um dos canais de atendimento bancário que mais cresce.
“Isso indica que a expansão desse canal não é resultado apenas de um processo de inclusão digital, mas também de inclusão financeira. À medida que esse crescimento anual é, de fato, superior ao observado no número de contas corrente ativas, fica evidente a participação do Internet Banking no processo de inclusão financeira no Brasil”, ressalta a Febraban, por meio de nota. O crescimento é de 23,7% ao ano no número de transações realizadas pelo internet banking. (Andreh Jonathas)
INTERNET - Alternativas - Celene Nobre faz transações pela internet enquanto Banabuiú, está sem banco. Ainda assim, precisa ir a Quixadá fazer depósitos 
23,7 por cento é o crescimento médio ao ano nas transações feitas pela internet no País
14bi de reais foi o número de transações feitas pela internet no ano de 2012 segundo a Febraban
Fonte: Opovo.

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