Foto: Açude Castanhão.
Cinco anos de seca - 2012 a 2016.
Os "mares" secos - Tão assustador quanto a volta quase total das ruínas da velha Jaguaribara, inundada num repentino “dilúvio” de 40 dias de chuvas que encheu (de uma vez) o Castanhão em 2004, é testemunhar submergir a Caatinga que não deu tempo desmatar. A floresta das árvores mortas, mas ainda em pé, reapareceu no insustentável pico da seca desses cinco anos encarrilhados no Semiárido cearense.
O “mar” que existia no Castanhão já não é mais. E com o fim das águas, o finito também para os cardumes no mais ostentoso açude do Nordeste.
A possibilidade de 2017 atravessar o sexto ano seguido de seca, segundo prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), apavora. Não por um motivo, mas, entre os mais esgaçados, o esgotamento até dos “mares” dos sertões feito o Castanhão, o Orós, o Banabuiú, o Pedras Brancas, o Araras, o Pentecoste e outros que estão na risca do volume morto ou se aproximando dele.
Por onde a reportagem passou
O POVO, na discussão incansável sobre as relações de convivência do habitante do Semiárido com a seca, regressa à Caatinga para reverberar, agora, a extinção dos peixes nas barragens construídas pelo Dnocs e as do Governo estadual. Um golpe de morte na economia dos municípios e na segurança alimentar de milhares de famílias que vivem da pesca extrativista ou da piscicultura.
Algumas secas, para exortar Capistrano de Abreu num grifo do economista Cláudio Ferreira Lima, foram “uma grande rasoira, que em poucos meses, desbaratou fortunas”. Estamos novamente nessa encruzilhada.
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