O POVO - Qual sua avaliação sobre a mudança de ações emergenciais contra a seca do Estado para a União?
Borges - Acredito que uma verba pulverizada entre os governadores não resulta em nenhuma obra permanente. O Dnocs sempre foi responsável pelas ações emergenciais em toda região nordestina. Nisso resultou em obras extraordinárias, como o Açude Orós e o Banabuiú. Então, a concentração dessa verba num único órgão federal é, ao meu ver, correta. Gostaria de ver, inclusive, concentrada também a gestão dos recursos hídricos de toda a região nordestina no órgão.
OP - Os estados não ficam em segundo plano?
Borges - Não quero dizer que os estados não devam participar. Devem, principalmente porque nesse momento o Dnocs está bastante fragilizado em termos de pessoal. Mas, não vejo descontinuidade alguma nessa mudança e acho que não traz prejuízos. Cássio Borges, ex-diretor do Dnocs
Bate-pronto
O POVO - A mudança na gestão das ações contra seca é benéfica?
Danilo - O ideal seria o Dnocs ter capacidade de executar todos os projetos, mas o Dnocs foi sendo esvaziado. As secretarias dos estados têm qualidade técnica muito superior ao Dnocs atualmente. Não podemos transformar isso numa disputa política. Daqui a pouco estamos voltando para a indústria da seca.OP - O que pode ser feito?
Danilo - Já conversei com o Temer para que ele fizesse reunião com os governadores. Conversei com os governadores do meu partido para que se unam para se contrapor a essa armação. Não é uma brincadeira qualquer que pode ser levada para o lado politiqueiro.
Danilo Forte (PSB), deputado federal
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