Drone era usado para monitorar agências e parentes de bancários (Foto: Policia Civil/ Divulgação)
Armas e drone foram apreendidos pela Polícia Civil do Ceará. Ex-gerente de agência bancária era cúmplice de ação e foi
preso. Quadrilha é apontada como responsável por oito ataques desde 2013.
Uma quadrilha especializada em assaltos a bancos foi
desarticulada em operação da Polícia Civil do Ceará que começou na última
quinta-feira (6). Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (10),
investigadores da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) detalharam as ações do
grupo, que usava um drone - espécie de veículo aéreo não tripulado - para
monitorar através de fotos e vídeos as agências bancárias e familiares de
funcionários do bancos, principais alvos da organização criminosa.
Segundo a Polícia Civil, entre os presos, está um homem de
34 anos, que era funcionário e ex-gerente de uma agência bancária de São
Gonçalo de Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele simulava
negociações com os comparsas e foi capturado na última sexta-feira (6) após
suspeita de integrar um grupo criminoso que levava uma vida luxuosa na cidade.
No flagrante, a polícia encontrou com ele um aparelho utilizado para capturar
dados de cartões dos clientes, conhecido como "chupa cabra".
Os outros presos têm 28, 29 e 32 anos e já respondiam por
crimes como homicídio, roubo, associação criminosa, receptação, porte e posse
ilegal de arma de fogo. Com a quadrilha, foram apreendidos um drone, um fuzil
AK 47 e uma pistola calibre 40. Os quatro homens foram capturados em Caucaia e
Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Como a quadrilha agia - Ainda de acordo com a Polícia Civil, um dos alvos da quadrilha eram os
funcionários que podiam abrir os cofres das agências. A vítima tinha a vida
investigada pelo bando através de fotos capturadas pelo drone, que registrava
imagens da família e do cotidiano dela.
Depois, a quadrilha dizia ao bancário que havia sequestrado
os familiares dele e o levava até a agência para abrir o cofre. Após levar o
dinheiro, libertavam alguns parentes que eram mantidos em cárcere privado. Em
alguns casos, como nos assaltos a uma agência de São Gonçalo do Amarante, o
sequestro era "simulado" com a negociação feita com o próprio gerente
da agência, que era cúmplice da ação.
Na coletiva, o titular da DRF, o delegado Raphael Vilarinho,
explicou também que o grupo deixava mensagens para intimidar a polícia após os
crimes, o que ajudou na investigação. Com a prisão, o delegado afirma que a
polícia conseguiu evitar o ataque a mais uma agência que estava na mira dos
assaltantes.
A lista de crimes cometidos pelo grupo inclui oito ataques a agências bancárias no Ceará desde 2013. São eles: a tentativa de assalto contra o Banco do Brasil de Chorozinho no dia 23 de junho; os assaltos ocorridos nos dias 4 de julho, 18 de setembro e 16 de dezembro de 2014 contra o Banco do Brasil de São Gonçalo do Amarante; um roubo a agência do Banco do Brasil de Caucaia no dia 27 de maio de 2014; um assalto contra agência da Caixa Econômica Federal em Maracanaú no dia 10 de Abril de 2014; um assalto a agência bancária em Pajuçara, em Maracanaú; e um ataque a banco em Solonópole no dia 4 de outubro de 2013.
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