A
bacia do Médio Jaguaribe, onde fica o açude Castanhão, recebeu apenas 75,5% de
chuvas em relação à média histórica para o período. Na foto, o açude em
fevereiro deste ano.
Apenas
as bacias dos Sertões de Crateús, Ibiapaba, Salgado e Curu receberam volume de
chuvas maior que a média histórica nos primeiros meses do ano. Outras como
Banabuiú e Médio Jaguaribe preocupam.
Passados
três meses do ano e dois da quadra chuvosa (que vai de fevereiro a maio), oito
das 12 bacias hidrográficas do Ceará receberam volume de chuvas abaixo da média
histórica do período. Em duas delas (Médio Jaguaribe e Banabuiú), o nível de
chuva registrado ficou cerca de um quarto aquém do esperado para o período. A
bacia do Banabuiú foi a que teve menor volume de chuvas recebido no período,
quando se compara ao histórico, com apenas 73,02% do esperado para os três
primeiros meses do ano.
Outro dado importante
em relação ao primeiro trimestre de 2016 é o volume de chuva registrado em duas
importantes bacias para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza
(RMF). A bacia do Médio Jaguaribe, onde fica o açude Castanhão, recebeu apenas
75,52% de chuvas em relação à média histórica, ficando à frente apenas da bacia
do Banabuiú.
Já
a bacia Metropolitana teve números um pouco mais expressivos (83,69%), mas
ainda abaixo do esperado para o período. Até mesmo a bacia dos Sertões de
Crateús — a que apresentou maior valor em relação à média histórica, com 5,33%
a mais — inspira alerta.
Segundo dados
atualizados até ontem do Portal Hidrológico, a bacia dos Sertões de Crateús
estão com apenas 4,39% da capacidade. A bacia do Curu, que também apresentou um
nível de chuvas acima do esperado, está com 2,69% da capacidade.
De
acordo com Débora Rios, diretora de Operações da Companhia de Gestão e Recursos
Hídricos (Cogerh), ainda é cedo para avaliar o impacto das chuvas da quadra
chuvosa nas bacias hidrográficas do Estado. “A gente tem que aguardar o fim da
quadra chuvosa.
Baseado
nesses dois primeiros meses, nenhum município entrou em colapso”, lembrou
Débora, reforçando que as bacias do Curu, Sertões de Crateús e Banabuiú
inspiram maior alerta.
Chuvas - Se
a maior parte das bacias preocupa, três delas tiveram chuvas satisfatórias de
janeiro a março deste ano. Mesmo sem atingir a média histórica, as bacias de
Coreaú, do Litoral e do Alto Jaguaribe ultrapassaram a barreira dos 90% de
chuvas da média.
Saiba mais: Chuva nas bacias
Sertões de Crateús - 382,8mm
(média histórica)/ 403,2mm (observado nos três primeiros meses de 2016)
Serra da Ibiapaba - 379,8mm
(média)/389,1mm (observado)
Salgado - 512mm
(média)/ 515,8mm (observado)
Curu - 375,5mm
(média)/ 377,6mm (observado)
Coreaú - 617,3mm
(média)/ 608,3mm (observado)
Litoral - 483,7mm
(média)/ 452,2mm (observado)
Alto Jaguaribe - 392,8mm
(média)/ 365,9mm (observado)
Metropolitana - 443,8mm
(média)/ 371,4mm (observado)
Acaraú - 472,5mm
(média)/ 394,7mm (observado)
Baixo Jaguaribe - 376,9mm
(média)/ 313,6mm (observado)
Médio Jaguaribe - 395,4mm
(média)/ 298,6mm (observado)
Banabuiú - 335,1mm
(média)/ 244,7mm (observado)
Multimídia
Veja galeria de fotos da chuva
Por Camila de Almeida OpovoOnLine.João Marcelo Senajoaomarcelosena@opovo.com.br
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