Cristiano da Silva foi assassinado. Conforme a Polícia, ele estaria envolvido com a parte logística do crime.
Cristiano da Silva, 42, conhecido como Cristiano Motos, assassinado com pelo menos sete tiros na cabeça, ontem em Quixadá (Sertão Central), estaria envolvido com o confronto que deixou três policiais militares mortos no dia 30 de junho, na Cidade.
De acordo com a Polícia, o comerciante, que cumpria pena em regime semiaberto por receptação qualificada, integrava a parte logística da organização criminosa que planejava assaltar um banco e foi surpreendida pelos PMs em localidade de Quixadá. O grupo teria se reunido, três dias antes do confronto, no sítio de Cristiano, em Banabuiú.
“É difícil saber a motivação da morte dele, que, com certeza, foi execução. O Cristiano tinha muitos inimigos. Então, não sabemos se alguém aproveitou para matá-lo e fazer parecer que foi algum policial ou se foi alguma coisa ligada diretamente à morte dos policiais”, afirma a titular da Delegacia Regional de Quixadá, Ana Cláudia Nery.
Conforme a delegada, Cristiano também é suspeito de ser o mandante de um assassinato na última quinta-feira, 7. “Ele tinha mandado (dois homens) matarem um traficante que viu uma viatura no momento da execução e pediu socorro”, disse. No confronto com a Polícia, os dois supostos matadores morreram.
Cristiano seria notificado a prestar esclarecimentos sobre o caso. O caseiro do sítio de Banabuiú ainda será questionado pela Polícia sobre a presença de pessoas no local dias antes do assassinato dos PMs. “A morte do Cristiano atrapalhou parte das investigações”, comenta Ana Cláudia.
Ainda de acordo com a delegada, em pelo menos quatro inquéritos, Cristiano Motos figura como possível mandante de homicídios. “Em outros, ele figura como testemunha, mas a gente sabia que ele era o mandante. Ele tinha comércios, negócios com leilão de gado, vaquejadas e até um certo poder. Mas quem é da Segurança Pública sabia que era fachada”, informou.
Crimes - A delegada acredita que o confronto que deixou os três PMs mortos desencadeou série de outros crimes na região. Foram seis mortes em oito dias. “O que aconteceu foi um caso atípico, e isso causou uma grande temor na população”, cita. Conforme ela, as investigações sobre a morte dos três policiais devem ter resultados na próxima semana.
Sara Oliveirasaraoliveira@opovo.com.br em OpovoOnLine.
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